Mundo do Vinho

Château d'Yquem, uma lenda no mundo do vinho  $$$$$

      Château d'Yquem é um vinho Premier Cru Supérieur do Sauternes, Gironde, região na parte sul do Bordeaux conhecido como Graves.  Na Classificação oficial do vinho Bordeaux de 1855, Château d'Yquem foi o único Sauternes que recebeu esta classificação, indicando sua superioridade percebida e preços mais altos de todos os outros vinhos do seu tipo. O sucesso do Château d’Yquem deriva em grande parte da susceptibilidade do terroir a ataques de "podridão nobre" (Botrytis cinera).

   Os vinhos Château d'Yquem são caracterizados por sua complexidade, concentração e doçura. A acidez relativamente alta ajuda a equilibrar a doçura do vinho. Outra característica para o qual os vinhos Château d’Yquem são conhecidos é a sua longevidade. Com os devidos cuidados, uma garrafa ira se manter em perfeito estado para o consumo durante um século ou mais. Durante este tempo, a overtones fruity irá gradualmente desaparecer e integrar-se com os sabores mais complexos secundário e terciário.

   Desde 1959 (embora não todos os anos), Château d'Yquem também produziu um vinho branco seco chamado Ygrec, feita a partir de uma mistura igual de Sémillon e Sauvignon Blanc.

História

Château d'Yquem foi adquirido por Jacques de Sauvage em dezembro de 1593. De Sauvage adquiriu a propriedade da monarquia francesa através da troca de outras terras que possuía para o que era então conhecido como "Casa de Yquem". O terroir foi o lar de uma vinha, pelo menos desde 1711, quando a fazenda se tornou totalmente possuída por Léon de Sauvage d'Yquem. Em 1785 passou para a família Lur-Saluces quando Françoise-Joséphine de Sauvage d'Yquem casado conde Louis-Amédée de Lur-Saluces, um afilhado de Luiz XV e Lady Victoire de France. Monsieur Lur-Saluces morreu três anos mais tarde, e sua esposa posteriormente focou sua energia em manter e melhorar a propriedade. 

   Enquanto ministro plenipotenciário da França, Thomas Jefferson visitou o castelo e mais tarde escreveu, "Sauterne, Este é o melhor vinho branco da França e melhor de tudo é feito por Monsieur Lur-Saluces". Jefferson reservou 250 garrafas da safra 1784 para si mesmo, e garrafas adicionais para George Washington.    No entanto, naquela época a técnica de permitir podridão nobre para infectar as uvas ainda não tinha sido descoberta, de modo que o vinho que Jefferson estava bebendo era um vinho diferente, doce.

Uma garrafa de 1945 d'Yquem mostrando a mudança de cor que este passa por vinhos brancos à medida que envelhece.

         Desde 1968

   Após a morte do Marquês Bernard de Lur-Saluces em 1968, o palácio foi administrado pelo Comte. Alexandre de Lur- Saluces, que detinha apenas 7% da propriedade. O Comte. herdou uma produção típica anual de 66.000 garrafas por ano. Após a crise do petróleo em 1973, a demanda caiu eos preços despencaram. o preço de uma garrafa de Château d'Yquem caiu para 35 francos (cerca de US$5). Os preços começaram a subir apenas em 1980.

   Sob a liderança do Comte, "tratores substituíram cavalos, as adegas foram renovadas, e a superfície não utilizada foi plantada", com produção em anos bons, atingindo 100 mil garrafas e vendas de US$ 10 milhões.

   Após uma amarga briga de família e a decisão de Eugene de Lur-Saluces (outro irmão de Alexandre) para vender parte da sua quota de 47% do negócio, em 28 de Novembro de 1996, o gigante francês de bens luxuosos LVMH Moet Hennessy – Louis Vuitton comprou 55% de Château d'Yquem da família do conde Alexandre de Lur-Saluces por cerca de US $ 100 milhões. O Comte., após o primeiro desafio, questionou a venda em tribunal por mais de dois anos, e foi mantido como o gerente da propriedade.

   Em 17 de Maio de 2004, o Comte. se aposentou e foi substituído pelo atual diretor-gerente da Château Cheval Blanc, Pierre Lurton. O Comte. era conhecido por ser particularmente dedicado à manutenção da qualidade, indo tão longe ao ponto de rejeitarum lote inteirodo vinho, se lele não gostasse dos resultados de um teste aleatório.

   Em 2006, um 135 anos-vertical (contendo cada vintage 1860-2003) foi vendido por The Wine Conpany Antique em Londres por US $ 1,5 milhões, um dos mais altos preços já pago por um único lote de vinho, ano também que, Dior e Château d'Yquem juntos, criaram um produto para cuidados da pele, feita a partir da seiva da vinha Yquem.

     Produção

  O vinhedo tem 126 hectares na denominação Sauternes, embora apenas 100 hectares estejam em produção a qualquer momento. Cada ano, 2-3 hectares de videiras são arrancadas e deixadas em repouso por um ano.    As uvas de vinhas recentemente plantadas não são dignas do nome do castelo entre cinco a sete anos, e cerca de 20 hectares são mantidos em reserva a cada ano. As videiras são compostas por 80% Sémillon e 20% Sauvignon blanc, embora o vigor deste último implique em proporções quase iguais no vinho final.

   A colheita é cuidadosamente programada, e em média, seis tentativas através da vinha são realizadas a cada ano para garantir que apenas as uvas botritizados são selecionadas. O rendimento em média nove hectolitros por hectare, em comparação com o usual 12-20 hectolitros por hectare em Sauternes. As uvas são prensadas três vezes e transferido para barris de carvalho para a maturação ao longo de um período de cerca de três anos.

   Em média, 65 mil garrafas são produzidas a cada ano. Em uma safra pobre toda a produção é considerada indígna de carregar o nome do Château d'Yquem. isso aconteceu nove vezes no século XX (1910; 1915; 1930; 1951; 1952; 1964;1972; 1974 e 1992).

   O Château d'Yquem 1811, "um cometa do vintage", exibiu o que os especialistas do vinho como Robert Parker têm descrito como excepcional longevidade, o que fez Parker marcar o vinho com 100 pontos, quando proveu em 1996.