Total de visualizações de página

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Drinks e Cocktails

Um brinde à moda " Italiana "       

Coquetéis como americano, cardinale e god father

ganham espaço em bares e restaurantes.

drinques potentes de inspiração "italiana"

 

"Pa pa l' americano / Pa pa l' americano / Pa pa l' americano". Não importa sua idade, cidade onde mora ou tipo de lugar que costuma frequentar. Com certeza você já ouviu – várias vezes – o hit We No Speak Americano. A música, de batida frenética, é um remix da dupla de DJs Yolanda Be Cool & DCUP para o clássico do italian jazz, Tu vuò fa l'americano, de Nicola Salerno's – famoso também pela interpretação dos protagonistas no filme O Talentoso Ripley, de 1999. O que isso tudo tem a ver com bebida? Muito.
Qualquer consumidor mais atento percebe que os modismos nunca vêm sozinhos. Coincidência ou não, enquanto We No Speak Americano é tocada  exaustão, empresas que especulam tendências em gastronomia, como a Baum + Whiteman, de Nova York, apontam um forte revival da gastronomia italiana tradicional, inclusive dos drinques como o icônico Negroni.
Os italianos tiveram importante papel nos anos de ouro da coquetelaria, entre 1860 e 1920. Com bartenders fugidos dos Estados Unidos, por causa da lei-seca vigente entre 1920 e 1933, muitos foram parar em bares europeus. Quando na Bota, perceberam um paladar peculiar que deveria ser atendido: sabores fortes, pouca fruta, bitters, nuances amendoadas, pomposas guarnições. Gim, Campari, Amaretto, leques de laranja e cereja entraram em cena em muitos drinques, alguns com certa notoriedade fora da Europa, outros reconhecidos pela International Bartenders Association como coquetéis clássicos.

Considerado um aperitivo forte, o Negroni esta no hall dos gostos adquiridos. Exceto para quem já é fã das bebidas amargas, não é no primeiro gole que se passa a apreciar a mistura de partes iguais de Campari, vermoute doce e gim.
Por isso não é de se estranhar que o negroni tenha um coquetel “irmão”, o  Americano, amenizado pela troca do gim por club soda. Este teria sido servido pela primeira vez em 1860 com o nome de Milano-Torino (pela mistura do Campari, de Milão, e do vermoute Cinzano, de Turim), no Gaspare Campari's Bar. Mas não muito depois foi apelidado de... “americano”. Como na música de Salerno's, a coquetelaria brinca com o gosto do italiano que prefere ser como os americanos – e beber tudo com soda. “Tu vuoi vivere alla moda/ ma se bevi whisky and soda/ po' te sente 'e disturbà. / (...) Whisky, soda and rock’n roll”.
Ainda que o gosto do brasileiro por coquetéis seja, de maneira generalista, muito mais inclinado para os drinques refrescantes feitos com frutas, mais adocicados e leves, aos poucos a coquetelaria italiana aporta por aqui. Negroni e Americano sempre se fizeram presentes em cartas de estabelecimentos tradicionais – e, é preciso reconhecer, frequentados por um público mais maduro. Um deles é o paulistano Freddy, há 76 anos na cidade servindo gastronomia francesa clássica. Ali, além dos dois coquetéis à base de Campari, são servidos também o Cardinale (feito com gim, vermute e, de novo, Campari), o God Father (amaretto e uísque) e o potente gin and it, à base de vermute e gim.
Com uma proposta descontraída, o bar, rotisseria e restaurante Manuali, que abre suas portas ao público paulistano neste domingo (30), traz os clássicos italianos para um ambiente mais informal. Segundo a sommelière e chefe de bar, a jovem italiana Vanessa Scassellati, a ideia é mesmo apresentar esses drinques italianos – ao lado de outros standards da coquetelaria europeia. “São clássicos e muita gente nunca experimentou”, diz. O proprietário Bruno Manuali acredita no sucesso dos coquetéis, potencializado pela companhia do bufê de petiscos. “O cliente pede a bebida e ganha o direito de petiscar minipizzas e focaccias”, explica. Entre os italianos, a carta do bar contempla o Gin and It, o Americano e o Negroni, todos com características ideais para abrir o apetite.
O bar BottaGallo, que também tem a Itália como inspiração e serve massas para compartilhar à mesa, oferece apenas o negroni dos drinques mais tradicionais. Mas sua carta tem uma vasta lista de coquetéis modernos com ingredientes italianos, como o Vendetta Martini (que leva suco de grapefruit, Apperol, vodca e folhas de manjericão), o Toscana Martini (limoncello, pera, vodca e xarope de gengibre) e o Amaretto Sour. Executados pelo barman Edmilson José Nogueira, que também fez os clássicos italianos fotografados para esta reportagem, eles chegam às mesas com apresentação mais moderna e pensados para agradar o conviva brasileiro.
No site da Billboard, conhecido termômetro para a música pop, o remix We No Speak Americano segue firme e forta na lista dos Top 100 e é considerado pelos editores do site como “um grande impulso para a carreira dos DJs”. Resta ver se o clássico negroni e seus pares reinventados nas mãos de mixologistas terão o mesmo êxito em mesas e balcões fora da Europa.

A partir de hoje estarei postando diversas receitas de coqueteis com inspiração "Italiana"

Nenhum comentário:

Postar um comentário